Palco
itinerante
Hoje (31/8), às 13h, haverá apresentação
gratuita de O Ferreiro e a Morte, do Projeto Viramundos, no campus
da UPF, em frente ao Restaurante Universitário. O Viramundos
é uma iniciativa cultural que partiu dos próprios
alunos da instituição e se inspirou na arte mambembe.
O objetivo é levar o teatro às pessoas em todos os
lugares. Na prática, é um palco itinerante, montado
sobre a estrutura de um ônibus especialmente adaptado com
som, luz e cenários. O Viramundos transporta a cultura para
praças, fábricas, povoados, parques e acampamentos.
A
ética do ser humano
O jornalista Lucas Figueiredo recebeu elogios de quem participou
com ele de uma conversa descontraída sobre seu livro, Morcegos
Negros, e por seu trabalho como jornalista investigativo. Ele revelou
as dificuldades para obter as informações sobre o
caso PC Farias, além do medo que teve de enfrentar durante
o tempo em que escrevia o livro. A ética no jornalismo também
entrou em debate, assim como a formação dos profissionais.
Figueiredo citou a frase do falecido jornalista Cláudio Abramo:
A ética do jornalismo é a ética do ser
humano. Ele defendeu que os jornalistas se relacionem com
as fontes, porém nunca esquecendo que o papel principal
é de repórter e não de amigo das fontes.
Tecnologia
solitária
O escritor argentino, naturalizado canadense, Alberto Manguel, debateu,
nos Conversas Paralelas, a permanência da leitura impressa
no mundo eletrônico. Por que usar a tela para ler, se
é um trabalho que implica lentidão e profundidade?,
questionou. Para ele, é preciso usar a tecnologia como forma
de expressão. Manguel afirmou que a Internet apresenta problemas
de relações sociais graves entre crianças,
por ser uma tecnologia solitária.
O
texto nos gestos
O show Nelson 6 ao vivo, uma nova concepção
de teatro para os surdos brasileiros, aconteceu ontem, no final
da tarde, no Teatro Municipal. No espetáculo, são
interpretadas histórias do cotidiano de surdos e ouvintes,
com duração de 70 minutos, encenado pelo ator carioca
Nelson Pimenta, primeiro ator surdo a se profissionalizar no Brasil.
A locução é feita por Luiz Carlos de Freitas.
O trabalho reforça a idéia da surdez como uma identidade
política a ser construída, mais uma manifestação
da complexa diversidade humana. Não podemos esquecer que
Libras (Linguagem Brasileira de Sinais) possui uma gramática
e sintaxe próprias, inclusive com gírias e sotaques
característicos de cada localidade. A foto da capa deste
jornal traz um pequeno fragmento do espetáculo, quando Nelson,
gesticula a palavra profundo.
Filmes
do dia
Para assistir hoje, às 12h30min: Mostra de Filmes de
Curta Metragem, no auditório da Biblioteca Central da UPF.
Em cartaz, Macabéia (de Erly Vieira jr, Lisandro Nunes e
Virgínia Jorge), Um mais um (de João Landi Guimarães),
Numa Noite Qualquer (de Gustavo Acioli - foto), Bah (de Gustavo
Brandau), Amar (de Carlos Gregório), Kodomosong (de Luiz
Roque Filho e Sissa Dillius).
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