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Augusto Nunes polemiza debates na 9ª Jornada
Para o jornalista imprensa esquece rapidamente dos problemas
Valéria Marcondes


Em uma conversa polêmica e realista, sobre A formação da opinião: jornalismo tradicional versus jornalismo eletrônico, o Vice-Presidente Editorial do Jornal do Brasil, Augusto Nunes, soltou o verbo ao tecer comentários atuais sobre sua demissão da Revista Época, há três semanas. Nunes também criticou os princípios éticos de alguns jornalistas e meios de comunicação.

Esclareceu ao público, mais de quatro mil pessoas, as razões que o levaram a se demitir da Revista Época. De acordo com ele, a capa da semana do dia 6 de agosto, A eternidade de um criador, sobre Jorge Amado foi o fator máximo de seu desligamento da revista, pois seu superior afirmou que a capa deveria ser sobre o acidente de Paulo Diniz, assunto em voga nas semanas decorrentes.

Atual vice-presidente editorial do Jornal do Brasil, Nunes afirma, com convicção, que um meio de comunicação não substitui outro, citando o exemplo do cinema, que não matou o teatro. Nunes diz que, assim como outras formas de expressão artística, os veículos de comunicação convivem harmoniosamente entre si. Em resumo, o jornalista não vê antagonismos entre a internet e a mídia impressa.

O autor de Minha razão de viver – Memórias de Samuel Wainer, posicionou-se criticamente ao falar sobre a imprensa brasileira, esclarecendo algumas falhas encontradas nela, como sua desvinculação da vida real. Afirma, ainda, que a imprensa esquece-se rapidamente das notícias que veiculou, deixando de lado a contextualização dos problemas sociais. E, que ela, deve procurar os porquês, interpretar e analisar as deficiências da sociedade para melhor informar seu público.

Ao comentar sobre a internet, Augusto Nunes foi claro ao expressar que a mesma enriqueceu o vocabulário e favoreceu a comunicação dos jovens. Segundo Nunes, a internet é um instrumento poderoso, porém suas falhas devem ser analisadas. Nunes classificou o noticiário on-line como leviano, e salientou que estas deficiências precisam ser solucionadas.

Augusto Nunes revelou o desejo de publicar uma obra sobre os bastidores do jornalismo, afirmando que os principais livros-reportagem que tratam deste assunto são Notícias do Planalto, de Mário Sérgio Conty, Chatô, o rei do Brasil, de Fernando Morais, Minha razão de viver – Memórias de Samuel Wainer, Augusto Nunes.

Finalizou sua conversa, salientando a incompetência de alguns meios de comunicação, taxando-os de cegos e incompetentes, por não veicularem informações tão importantes como a Jornada Nacional de Literatura, que, segundo ele, é um dos acontecimentos literários mais importantes do mundo.

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