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Jiddu Saldanha, o autêntico artista popular Para o mímico a arte é uma forma de expressão que permite sonhar Débora Costa Lembrar as pessoas de que as palavras existem e o poder que ela exerce é a intenção do mímico paranaense Jiddu Saldanha. Ele carrega consigo a arte e sua mala da fama onde guarda diversos óculos e troca-os de acordo com a situação. Por exemplo, para agradecer a atenção do público usa o óculos da humildade; ao assistir um espetáculo coloca o óculos do intelectual. Para ele, a arte é uma forma de expressão que nos permite sonhar.
Mímico, ator, artista plástico, Jiddu mostrou ao público que é o autêntico artista popular, desses que sempre sobreviveram à todas as épocas e tendências, simplesmente porque leva a vida como sua própria arte e a arte como a própria vida. Na 1ª Jornadinha Nacional de Literatura, ministrou a oficina de animação cultural, na tarde de quarta-feira, 29, para 500 crianças.
Carreira
Desde 1988, dedica-se ao teatro de mímica e à pesquisa histórica. Em sua adolescência fez dança de rua, leu grandes escritores, gostava dos clássicos russos, espanhóis e dos poetas latino americanos, principalmente João Cabral de Melo Neto, Drummond, Mário Quintana, Plabo Neruda, Gabriela Mistral e de romancistas como Raquel de Queiroz, Antonio Callado e Machado de Assis.
No ano de 1990, dedicou-se mais à mímica, e fez uma grande viagem por diversos estados brasileiros fazendo espetáculos em praças, ruas, bares, clubes, feiras, convenções, escolas e teatros. Esta fase de sua vida profissional, encontrou seu auge no Fórum Global da Eco 92, onde participar de um dos grandes momentos políticos do planeta. Afirmou-se como mímico e professor de teatro, dedicando-se também à dramaturgia e às artes plásticas tendo, inclusive, um ateliê em Botafogo, no Rio de Janeiro, onde realiza a sua criação visual, que engloba pinturas e colagens.
Seu repertório, Jiddu já representou os seguintes espetáculos: Alma sintética, do maestro paranaense Roberto Bürgel; O Pierrô que vem de longe, concebido e dirigido por Luiz de Lima; Palavras do silêncio; O Palhaço e o Manequim e João Mata Sete, realizado de 92 a 94 em parceria com Álvaro Assad; Breve história da mímica, Adivinha o que é? e Por detrás do silêncio, espetáculos de sua autoria (1995) realizados junto com os atores João Petry e Mucio Medeiros e com a Cia. Teatral Trupe do Beijo. O trabalho levou Jiddu a registrar técnicas e tendências desta arte para o terceiro milênio, revelando a riqueza da gestualidade. |
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