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Poesia invade o segundo dia de Jornada

Gabriela Lisbôa


O segundo dia de Jornada foi dedicado à poesia. Na mesa redonda, sete poetas buscavam um leitor. Ignácio de Loyola Brandão, Martha Medeiros, Ricardo Silvestrin, Plínio Cabral, o argentino Rodolfo Alonso e os angolanos Ana Paula Tavares e Rui Duarte conversaram sobre a poesia e seu leitor.

Com muito bom humor e descontração os poetas brincaram com o público e tornaram a conversa agradável. O primeiro a falar foi Loyola, que destacou a invasão dos poetas na Internet. Segundo o autor, é nela que eles encontram a maioria dos seus leitores, pois lá a poesia está acessível a todos. Também afirmou a existência de um poeta dentro de cada pessoa e de como é importante ativá-lo. Para finalizar, ele sugeriu a leitura de poemas e disse um dos seus: A implosão da leitura.

Ana Paula Tavares, angolana, leu com profunda emoção três poemas de Diz-me coisas amargas como os frutos. Martha Medeiros ressaltou que o livro é uma relação a dois, mas que ao escrever não busca um leitor, apenas a si mesma. Martha ressaltou a importância de Marina Colasanti em sua carreira e leu um dos seus poemas de amor. A autora era a mais esperada do público para este dia.

Outro representante da Angola, Rui Duarte, falou da dificuldade do seu povo em ter contato com os livros. Para Duarte, o leitor ideal é aquele que não só o entenda, mas que ele possa entender. Ricardo Silvestrin falou um pouco da sua carreira. Com seis livros editados, Silvestrin já ganhou três prêmios Açorianos. Depois recitou alguns poemas para o público que ainda não o conhecia entrasse em contato com seu trabalho.

Para o argentino Rodolfo Alonso, que passou boa parte da vida traduzindo poesias, a verdadeira poesia é intraduzível, por isso declamou poemas em sua língua natal e também em português. Alonso contou, também, que já passou por vários festivais de poesia, no mundo inteiro, mas que nenhum se compara a este de Passo Fundo.

O último a falar foi Plínio Cabral, afirmando que é preciso estabelecer um contato entre o autor e o escritor para que eles falem a mesma língua. Para Cabral o escritor realiza o milagre da comunicação alma a alma. Entre poemas, opiniões e brincadeiras, a tarde seguiu com perguntas feitas pelo público aos autores.

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