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Leitura como diferencial da nova sociedade capitalista

Fabíola Frosi


A necessidade do Brasil em tornar-se uma nação letrada e os fatores que têm impedido este processo foram assuntos abordados pelo secretário nacional do livro e da leitura, Ottaviano Carlo de Fiore, no espaço polêmico da noite de 28 de agosto, na 9ª Jornada de Literatura. O debate aconteceu mais tarde do que o previsto, às 19h30min, devido à chuva ocorrida durante a tarde.

Ottaviano abordou, primeiramente, o que chamou de nova revolução capitalista, com o surgimento de um novo produto impulsionador da economia e sociedade atual: a informação. O fator que possibilitou este tipo de consumo foi a capacitação das novas classes médias para consumir e interpretar o texto escrito. Isso, segundo o secretário, já é uma realidade em países que chegaram na frente dessa revolução (os mais desenvolvidos).

Segundo Ottaviano, alguns fatores colaboram para que o hábito da leitura se desenvolva no Brasil e, quando incentivados, podem abranger um número cada vez maior de pessoas. Em primeiro lugar, o hábito da leitura desenvolvido dentro do ambiente familiar, escolar e em todas as instituições sociais como igrejas, sindicatos, cooperativas e outras. Mas também, a conscientização da mídia para a necessidade de incentivar a população a ler.

Sobre o problema do alto preço do livro no Brasil, considera um ciclo. Além do baixo poder aquisitivo do brasileiro, o baixo consumo gera baixas tiragens de exemplares, o que resulta em preços de 30 a 50% mais altos dos livros em nosso país, se comparados com o exterior e, por conseguinte, num consumo pequeno. A solução, para ele, está na garantia de acesso gratuito ao livro para toda a população, através das bibliotecas.

Para Ottaviano Carlo de Fiore, o Brasil tem de 20 a 30 anos, no máximo para capacitar sua população e, assim, entrar nesta nova revolução exigida pelo sistema. Para ele, somente assim os brasileiros garantirão a sua qualificação para o mercado de trabalho mundial, onde a educação formal será completamente obrigatória (universidades). Porém, o diferencial do novo trabalhador global será a auto-educação, que nada mais é do que a leitura.

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