|
|
|
|
|
As faces de Ziraldo
Sara Goldschmidt Pintor, cartasista, chargista, caricaturista, teatrólogo, advogado, jornalista e escritor, o Pai do Menino Maluquinho assume, em entrevista exclusiva para a Assessoria de Imprensa da Universidade de Passo Fundo, que a profissão que mais gosta de exercer é a de advogado, e que falta muita coisa ainda para que se sinta completamente realizado. Ziraldo Alves Pinto tem 67 anos e não gosta de ser chamado de senhor.
Você é pintor, cartasista, chargista, caricaturista, teatrólogo, advogado, jornalista e escritor. Dentre todas essas profissões, qual a que mais lhe completa, o que mais eleva seu ego?
Advogado. Eu adoro ser advogado, bacharel em direito. Sobre o ego, acho que o meu é insaciável. Falta muito coisa para alimentar meu ego suficientemente bem . Eu tenho o ego maior que o do Jô Soares...(risos) Mas eu gosto de ser escritor para criança. Descobri depois de velho que gosto mais de escrever do que de desenhar. Eu, que sempre desenhei, a vida inteira, acho mais difícil escrever, é mais desafiante. Desenhar é muito fácil, é barbada. Escrever é complicado, quase impossível.
Em quem você pensou ao criar o Menino Maluquinho?
Eu não pensei em nada. Ao fazer um livro, tem que se inventar uma idéia, e me ocorreu de fazer esse troço do Menino Maluquinho. Peguei e fiz, mandei brasa! A idéia aparece assim. Porque, na verdade, o criador não é aquele que tem idéia, mas o que avalia as idéias que tem. Ou a idéia dá um livro ou não dá um livro!
Os meios de comunicação alternativos conquistaram espaço nos últimos dois anos. Nesse contexto, porque a Bundas não deu certo?
Porque a Bundas virou uma revista política e é muito difícil ter uma revista política com o nome de Bundas. Quem sabia que ela era política, comprava Bundas com qualquer nome que ela tivesse, mas quem queria comprar uma revista chamada Bundas, chegava lá e dizia: Não é isso que eu quero! Eu quero é bunda! Não tem bunda nenhuma na revista. Ela tinha um erro de marketing. Agora, nós vamos acertar: o Pasquin está vindo aí. Então, quem for comprar, vai saber o que está comprando. |
|
|
|
|
|
|
|
|