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Do livro ao Cinema
Fernanda Reck A adaptação de obras literárias para o cinema e para a televisão foi o principal tema da mesa redonda Televisão e Cinema: Elo na evolução do livro ao e-book
Maria Adelaide Amaral, escritora, consagrou-se pela adaptação de A Muralha e Os Maias. Falou de seu trabalho, no respaldo que teve por parte da emissora (Globo) para produzir uma minissérie cara. Ressaltou, ainda, a importância de uma boa qualidade de interpretação e de técnica .
De espírito inquieto, Fernando Morais fez um breve panorama do papel dos escritores na adaptação. Pessoalmente, não interfere no produto que se transformará o seu livro, afirma o escritor. Segundo ele, não há uma deformação nas adaptações , porque são produtos diferentes.
Confirmando o que Fernando Morais tinha exposto, Alcione Araújo diz que, sempre haverá surpresa ou decepção por parte dos leitores ao verificarem o resultado final de uma adaptação e frase mais ouvida será: Gostei mais do livro.
Aclamado pelo público, Ziraldo entra em outro assunto polêmico: o porquê da mídia não estimular a adesão de mais leitores, não estimular a leitura. Não existem programas sobre livro no Brasil, mas a prática é comum em países como Argentina e Uruguai. Cooperando com a televisão, a mídia impresa ignora totalmente os livros, isso acontece porque os livros não anunciam, não geram lucros imediatos, disse.
Para encerrar, Jaime Lerner, escritor e cineasta, faz críticas referentes à cegueira que envolve a televisão, a falta de ênfase dada à produção de curtas-metragens. A televisão não cumpre seu papel, conclui.
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