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E-book é uma tecnologia distante

Gabriela Lisbôa


O início do terceiro dia da Jornada de Literatura foi dedicado à discussão de dois temas: A formação do leitor do futuro: para o livro ou para o e-book e Intercâmbio de registros: literatura, cinema e teatro. O escritor e diplomata Edgard Telles Ribeiro, embaixador do Brasil na Nova Zelândia, abriu o debate falando sobre o e-book.

Para o escritor, o e-book é muito interessante pois permite que o leitor leia um livro e, ao mesmo tempo, faça uma pesquisa sobre o assunto. Porém, considera que, frente as atuais circunstâncias econômicas da população, o acesso ao livro digitalizado vai demorar um pouco para se tornar popular. O autor confessa: pessoalmente, prefiro a relação pessoal com o livro.

Quanto ao segundo tema, o intercâmbio de registros, Telles Ribeiro falou da magia do teatro, porque considerou estar em um espetáculo. Estou em cima de um palco falando ao vivo para milhares de pessoas onde posso improvisar e mudar de assunto, ou seguir o roteiro, argumentou Ribeiro. Para o escritor, no momento em que deixar a lona tudo acaba. Esta é a magia do teatro, quando termina tudo fica guardado apenas na memória. Já com o cinema ou a televisão é diferente, fica registrado e pode ser visto a qualquer momento. Para o diplomata o livro é um teatro-literatura, que convida o leitor para ver o que o escritor propõe.

Edgard Telles Ribeiro publicou o ensaio Diplomacia Cultural: seu papel na política externa brasileira, O criado-mudo e o Livro das pequenas infidelidades, entre outros.

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